quarta-feira, 15 de julho de 2009

Análise dos Vídeos de Adélia Prado

Os vídeos de Adélia Prado nos trazem uma realidade sobre poesia, como forma de expressão de Arte, nos trazem a importância de poetizar e de ler.



Adélia Prado é uma escritora muito renomada no Brasil Contemporâneo. Foi criada em uma cidadezinha pacata do interior mineiro, no período correspondente às décadas de 30, 40, 50, do século passado. Esse não foi argumento para desmotivar a vontade de leitura na sua infância, pois estando em contato com diversos livros ela encontrou seu lugar no mundo, na literatura. Nos anos seguintes da sua vida, Adélia desenvolve com sede de profissionalismo a sua arte.


Em uma entrevista ao programa de televisão da T.V. senado, Sempre Um Papo, Adélia Prado nos informa sobre como a poesia está presente na nossa, vida.



Nos primeiros momentos Adélia Prado dá-nos alguns conceitos sobre a família da arte. Dentre destes conceitos estão presentes Arte, Poesia, o Ser, Beleza, Obra, a Obra Verdadeira, Linguagem Poética. Além de nos dar os conceitos, ela nos explica de maneira muito compreensiva cada um dos conceitos, como uma ótima profissional.



O momento em que A.P. me chama mais atenção é quando ela afirma que quando algo é, conseqüentemente este algo é belo, pois todo ser é belo.



Adélia Prado afirma que a arte nos leva a um mundo paralelo e ao mesmo tempo mais perto da nossa realidade, uma vez que, a arte é perfeita. E que para fazer Arte, Arte Verdadeira é pode até parecer difícil, porém é muito prazeroso. E às vezes quando se escreve um poema com facilidade e abundancia de palavras, a última parte na hora de fazer Arte é o momento que se vão cortar partes redundantes e desnecessárias.



Enfim, a entrevista de Adélia Prado ao programa Sempre Um Papo, transmite uma sensação de liberdade a partir do momento em que o ser humano descobre que é belo, que arte é indispensável para o cidadão que devemos nos tornar. Podemos então relacionar o que foi dito acima com o seguinte poema de sua autoria.



Com licença poética

Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.

Ela relata informações sobre a arte de ser, a arte de ser belo. Sobre sentimentos, literatura e poesia.



Victor Soares Barbosa

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